Contas novas não verificadas terão limite ainda menor, de 300 tuítes por dia, enquanto contas verificadas poderão ler 3 mil posts diariamente. Plataforma passou a exibir neste sábado (1º) avisos quando a “taxa limite” foi excedida. Sede corporativa do Twitter em San Francisco, Califórnia, EUA
Carlos Barria/Foto de arquivo/ Reuters
O Twitter começou a aplicar neste sábado (1°) limites temporários de leitura para todos os usuários. Elon Musk, dono da rede social, disse que esses limites estão sendo colocados para que a plataforma possa “lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema”.
Segundo ele, as contas agora têm os seguintes limites:
Contas verificadas: leitura de até 6 mil posts por dia;
Contas não verificadas: leitura de até 600 posts por dia;
Contas novas não verificadas: leitura de até 300 posts por dia.
O bilionário afirmou que, em breve, o limite para contas verificadas será ampliado para a leitura de 8 mil posts por dia. Contas não verificadas poderão ler 800 posts por dia, e contas novas não verificadas terão direito a ler 400 posts por dia.
Esta é mais uma mudança no Twitter feita por Musk, que está no comando da empresa há oito meses (veja o que já mudou). Ele não especificou o que será considerada uma “conta nova”, nem como os usuários poderão monitorar quantos tuítes visualizaram em um dia.
Para ter direito a visualizar 6 mil tuítes por dia, as contas devem ser verificadas devido à sua relevância ou assinar o Twitter Blue, versão paga da rede social que custa R$ 42 por mês.
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Elon Musk limita tweets
Reprodução
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Desde a manhã deste sábado, usuários relatam que não estão conseguindo ler posts na rede social. A plataforma passou a mostrar o aviso “taxa limite excedida” e a pedir que as pessoas aguardassem e tentassem novamente, sem detalhar por que a mensagem estava sendo exibida.
Os termos “Meu Twitter” e “Elon Musk” estavam entre os mais comentados da rede social por conta dos relatos.
Foi só no começo da tarde que Musk se pronunciou, explicando a mudança. Horas depois, ele ironizou: “Taxa limitada devido à leitura de todas as postagems sobre limites de taxa”.
Na sexta-feira (30), o Twitter também passou a limitar a leitura de tuítes para usuários logados em suas contas. Musk afirmou que a mudança foi uma “medida temporária de emergência”.
Os limites do Twitter
Além da restrição de leitura, o Twitter tem alguns outros limites de uso para administrar a demanda em seus servidores e impedir usos excessivos de sua infraestrutura. A ideia é que eles ajudem a evitar que a rede social fique fora do ar ou tenha muitas páginas de erro.
Outros desses limites são:
500 mensagens diretas por dia;
2.400 tuítes por dia, divididos em intervalos de meia hora;
4 alterações por hora no e-mail da conta;
400 novas contas para seguir por dia – há outras regras que proíbem o comportamento de seguir de maneira acelerada.
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O que já mudou no Twitter sob Musk?
Musk está no comando do Twitter desde outubro de 2022, quando concluiu a compra da empresa. A proposta havia sido feita em abril daquele ano, mas se arrastou por meses devido às discordâncias entre o bilionário e a a antiga direção da companhia sobre o número real de usuários da plataforma.
Logo no início de sua gestão, Musk anunciou que os usuários poderiam passar a pagar para ter o selo de verificado. A mudança permitiu que diversas pessoas criassem contas fake com o ícone que, até então, era usado para mostrar a credibilidade de um perfil.
Para resolver isso, o Twitter criou novos selos de verificado: um amarelo para representar empresas e outro cinza para indicar que o perfil é de órgãos de governo, organizações multilaterais ou veículos jornalísticos.
Musk também demitiu mais de 3.700 funcionários e, em maio, anunciou que o cargo de CEO seria ocupado oficialmente por Linda Yacarrino, então presidente global de publicidade e parcerias do conglomerado de mídia NBCUniversal.
O Twitter, que passou a ser controlado pela X Holdings, perdeu valor de mercado, segundo Musk. Em um documento interno enviado em março para os funcionários da empresa, ele estimou que a companhia vale US$ 20 bilhões, menos da metade dos US$ 44 bilhões pelos quais ela foi comprada em outubro.
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